terça-feira, 6 de abril de 2010

I brace myself



No walls,
Can keep me protected
No sleep,
Nothing inbetween me and the rain
And you can't save me now,
I'm in the grip of a hurricane
I'm gonna blow myself away.

I'm going out,
I'm gonna drink myself to death
And in the crowd
I see you with someone else,
I brace myself,
Cause I know it's going to hurt,
But I like to think at least things can't get any worse.

No home,
I don't want shelter,
No calm,
Nothing to keep me from the storm,
And you can't save me now,
I'm in the grip of a hurricane,
It's gonna blow us all away.

I'm going out,
I'm gonna drink myself to death
And in the crowd
I see you with someone else,
I brace myself,
Cause I know it's going to hurt,
But I like to think at least things can't get any worse.

I hope that you see me,
Cause I'm staring at you,
But when you look over,
You look right through,
Then you lean and kiss her on the head,
And I never felt so alive, and so.. dead.

I'm going out,
I'm gonna drink myself to death
And in the crowd
I see you with someone else,
I brace myself,
Cause I know it's going to hurt,
I'm going out, woah-oh-o

-Acordei com ressaca, preparei uma xícara de café ainda com a ânsia do dia anterior, ainda derramando as lágrimas que a tentativa de alívio me causou. Caminhei com passos arrastados e pesados através das grandes tábuas de madeiras, abri a janela e vi o tempo que se espelhava a mim. Triste, gelado, cinzento.
Observei a rua e as pessoas que caminhavam pela calçada, com passos tranquilos sobre as pedras cinzas da cidade.
Terminei o café e acendi um cigarro. As lágrimas voltaram a correr, eu desisti. Tive que desistir. Parecia que toda uma vida foi em vão, então eu liguei pra minha mãe.
- Voltei com meu namorado, filha.
- Você precisa se abrir mais comigo, mãe, às vezes não é fácil.
- Mas eu o amo.
- Eu sei. Você está feliz?
- Muito.
- Eu só quero que você seja feliz.
Desliguei, caminhei lentamente olhando para meus pés se rastejando e sentei no sofá. Olhei para os lados e tudo vazio. Mais lágrimas caiam, tentando entender o que eu não sabia o que era.
Só sei que não queria, não queria estar assim e não queria que tivessem feito isso comigo.
Me mataram e agora preciso nascer, mas eu não estou conseguindo respirar.


*O que me conforta é pensar que as coisas não podem piorar. Não foi justo.

2 comentários: