sábado, 3 de abril de 2010

Maybe not.



"There’s a dream that I see, I pray it can be
Look cross the land, shake this land
A wish or a command
I Dream that I see, don’t kill it, it’s free
You’re just a man, you get what you can

We all do what we can
So we can do just one more thing
We can all be free
Maybe not in words
Maybe not with a look
But with your mind

Listen to me, don’t walk that street
There’s always an end to it
Come and be free, you know who I am
We’re just living people

We won’t have a thing
So we’d got nothing to lose
We can all be free
Maybe not with words
Maybe not with a look
But with your mind

You’ve got to choose a wish or command
At the turn of the tide, is withering thee
Remember one thing, the dream you can see
Pray to be, shake this land

We all do what we can
So we can do just one more thing
We won’t have a thing
So we’ve got nothing to lose
We can all be free
Maybe not with words
Maybe with a look
But with your mind"

[Cat Power.]

Sempre quando tenho um violão em minhas mãos eu toco essa música, e isso há anos, desde que comprei esse CD da Cat Power. Mas, acho incrível como essa música se encaixa perfeitamente hoje em mim. Uma coisa era ela há anos atrás, eu pobre de experiências, outra coisa é hoje. Meu Deus, como nossa cabeça muda!

Meus sonhos ninguém tira, penso e sonho acordada o tempo inteiro. Danço, rio, caio, choro, converso sozinha, imagino situações que me confortam, imagino um mundo que eu posso ser... eu! E isso é tão bom. Por que há pessoas que insistem em nos acordar deles? Insistem em nos mostrar essa realidade forjada? Eu gosto de fechar os olhos e mergulhar na minha mente, e ela é tão vasta, é tão colorida e intensa. Como gosto do meu pequeno mundo que é tão grande e é só meu. Não homem, não me acorde.
Temos a nossa liberdade? Somos livres, de alguma forma somos. Eu não posso ser quem eu sou com as pessoas, não posso me descontrolar no meio da rua e não posso dizer como vejo esse mundo, mas posso pensar. Ah, eu amo essa música.
Somos apenas pessoas que vivem. Vivo e deixe-me viver. Não quero vendar meus olhos e viver nesse mundinho de alienações, de imposições, de conselhos mal amados. Quero ser livre e deixe-me mergulhar em minha mente... quero que seja eterna. Quero minhas experiências.
Eu sei que para viver nesse mundo eu tenho que fazer escolhas, para viver aqui eu tenho que me encaixar em rótulos, não posso ser livre, mas dentro de mim eu posso... Algumas pessoas compartilham desse mundo livre, dos pensamentos e devaneios que tanto nos libertam dessa prisão que nos é imposta. Eu posso quebrar isso, eu quebro, não tenho a mesma visão de mundo que você, nem você tem a mesma que ele, mas tenho uma visão que me permite ver além, eu tenho consciência de tudo e tudo pode não fazer sentido, mas no final tudo faz. Eu quero viver. É pra isso que me deram a vida... pra viver, então me deixe, me deixe sentir, me deixe me entregar, me deixe ver que a vida vale a pena e que não há só um quarto fechado para desvendar. Se eu pudesse eu quebrava.
Todos nós temos o direito de ser livre, cabe apenas a nós mesmos decidirmos. Mergulho em minha mente e abro os olhos. Deixe-me viver... só quero sentir.
Eu faço o que posso... sei que você também, ele também.

-Eu sempre irei lhe amar.

[meu comentário sobre o post.: Não sei, só sei que essa música faz parte de mim há 6 anos, e ela responde sempre por mim. É só um desabafo feliz.]


...Estou correndo atrás dos papéis pra ir embora pro Nordeste. Um novo caminho a descobrir.

Um comentário: