
Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa compor muitos rocks rurais
E tenha somente a certeza
Dos amigos do peito e nada mais
Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa ficar no tamanho da paz
E tenha somente a certeza
Dos limites do corpo e nada mais
Eu quero carneiros e cabras pastando solenes
No meu jardim
Eu quero o silêncio das línguas cansadas
Eu quero a esperança de óculos
E um filho de cuca legal
Eu quero plantar e colher com a mão
A pimenta e o sal
Eu quero uma casa no campo
Do tamanho ideal, pau-a-pique e sapé
Onde eu possa plantar meus amigos
Meus discos e livros
E nada mais
(Sá, Rodrix e Guarabira)
- Acordei um dia com o espírito de fugir da civilidade, de não querer mais estudar para entender minha raça e trabalhar por ela. O único problema é que esse espírito se habitou em mim e não sai mais. A minha única vontade é sumir pro meio do mato, descobrir o que a natureza pode me dar e esquecer que eu sou dessa fraca, miserável e burra raça.
Quero manter meu corpo limpo, longe das imperfeições do homem, quero ser natureza, quero viver sem essa dor de ser quem sou.
Não quero as dores de necessidade de companhia, de querer um abraço, sendo que o vento me fortalece muito mais. O homem é necessário para o outro homem, um animal que não consegue viver só. Eu quero viver só, mesmo adoecendo por necessitar companhia.
Eu quero uma casa no campo, um marido pode ser também, pra preparar a terra e cuidar dos animais maiores. Quero acordar com o sol batendo na janela, tomar leite direto da vaca e acordar todos com o cheio de café feito em coador de pano. Fazer broa em forno a lenha, comer as frutas que dão no meu jardim.
Seria tão dificil fugir da civilização? - Eu só quero toda paz.
*
Fugindo de Letras e entrando no Meio Ambiente. Terminarei o primeiro porque não gosto de desistir no meio do caminho, mas período que vem será muito melhor. Ahh, termina 2010/1!